segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ORIGEM








Abraço

( Para Alberto Marsicano )

Chãos apolares


Qualquer diversidade interessa. Até a
que se intuiu
                              & se perdeu


Fósseis nadam-me extintos
                              na ogiva da pele
& sou fiel à vaga neblina siluriana

& aos nós da liana
& aos cardumes de areia


Bebo dos cálices da flora. Cheiro.
Afago os ninhos de seda
                              Um jaguar lambe a cria
           

Nas manhãs que se foram
sou discípulo dos ossos
- pó das Moiras            a fiar

& os fios de cada um
numa
roda da fortuna

: todas as cordas 
da sítara
*
*

5 comentários:

Adriana Godoy disse...

"Qualquer diversidade interessa. Mesmo
aquela que se intuiu e se perdeu"

Chico, é um deleite ler seus versos. Esses destacados são um show à parte. Beijo

Batom e poesias disse...

A diversidade enriquece.
Lindo poema, Assis.

bj
Rossana

Caio Martins disse...

Chico, escreves "como um jaguar (que) lambe a cria"... "Fiel à vaga neblina" a que chamamos vida. Citando meu amigo J.Lima, tens "pegada de negão", Mestre...
Forte abraço.

Anônimo disse...

Um poema tocado como se fosse música; habitado como se fosse vida; dedicado como quem estende braços... esse é o Chico!

Beijão dessa sua fã do poeta e da pessoa.

O Divã Dellas disse...

Oi Chico.
Valeu ter ido ao Divã!
Obrigada mesmo!
Eu sou a de cabelo mais curto e mais claro.
A outra é a minha amiga Verônica que escreve também para o Divã.
Abraço,
Cinthya
http://odivaadellas.blogspot.com