A FAMÌLIA

Acrílica sobre papel

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Epílogo
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( Para Guiomar de Grammont )

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... e enquanto os últimos dançavam ou se despiam
o pequeno seixo, atirado com critério
pulava na flor d’água e caia num abismo que nem sei
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E havia os restolhos a rodopiar
os que raspavam o limo com suas rádulas de vidro
os desprovidos de qualquer surpresa
enquanto
a despeito da ilusão das lontras
o rio sumia num poço nenhum
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Houvesse pólen, e haveria quem o pilhasse
Houvesse levantes, e haveria um omisso na certa
Ou talvez retornasse aquele zinho inevitável de sempre
pra lançar um dardo, de birra, no único minuto de trégua
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Pois assim foi o mundo, fecundo em sutilezas
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Pois assim foi o mundo que agora é só fumaça
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Não tarda e Ahasverus, o Judeu errante
condenado a caminhar ao fim do mundo
surgirá na rocha diante das frontes de ninguém
pra dialogar com Prometeu
sob os olhos das últimas
águias
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