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Só um desespero
maior
poderia me convencer
de certos dogmas
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Como dobrar-me
------------------nas manhãs
em que as pequenas senhorinhas
------------------de ossos puídos
visitam cemitérios de cálcio
onde habitam
os que supriam suas entranhas
------------------de esperma
[ & quase nada além disso ] ?
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Também os cães enterram ossos
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& nem por isso
quero crer
que tudo o que é da terra
------------------é cataclismo
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Ouvi histórias
d`um joalheiro ambliope
que a vida toda se banhou na lama suja
e nunca se perdeu do próprio brilho
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Além da cerca
pasta a vara das mais inviáveis possibilidades
----------------------------& tudo se reverte
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o resto é a mais pura
lavagem
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10 comentários:
Gracias, Chico!. Mais um belo poema. abs!
Mais um excelente poema.
Banhar-se na lama suja para não se perder do próprio brilho... Pura lavagem...
Um abraço meu amigo.
legal ver meu camarada lau por aqui.
voltarei mais vezes.
aquele abraço
Que me perdoem os que cultuam Finados e tudo o que retornou ao pó: magnífico, Chico!
Realmente, muito bom.
Poema interessante, pelo modelo utilizado e a imaginação expressa.
Um abraço.
Até porque da terra e das suas entranhas brota o leve suspiro de tudo que nos mantém de pé ... sensivel às raízes das arvores que viram escultura aqui em teu texto...
Mto belo e realista este poema...
Beijinhos das nuvens
Gostei muito, um belo poema, bem contruído. Andei lendo outrs poemas em seu blog e posso dizer que me surpreenderam.
Belíssimo poema.
Soberbo.
Encantador.
Abraços,
Cris
mais um poemaravilha!
e ainda mais dedicado ao meu poetamigo querido, lau. ;)
beijo daqui, chico!
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