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& Marcos Siscar )
em noites como esta
sem diálogo
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eu me encerrava
em minhas próprias matas
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---------------------nas brenhas
---------------------das
minhas próprias Índias
e Bornéus
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e dava-me à ilusão
de ser uma ave empoleirada
---------------------numa fronde
numa terra de silêncios
---------------------decretados
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e
conforme a lua se movia
minha plumagem refletia
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mil cores
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Em noites de desterro
também compreendo
---------------------a solidão
dos tuaregues*
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daí meus desertos
---------------------que
---------------------no entanto
---------------------sempre imploram
por verdura
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*- Referência ao poema “Mauritânia”, do livro “Os Olhos do Deserto”, de Marco Lucchesi. Ed. Record, Rio de Janeiro, 2000.
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9 comentários:
Chico,
que belas palavras!
celebrar a vida das relvas amarelas das dunas ou das faces laranjas dos lençóis do poente,
com o verde da floresta tropical.
Muito obrigado pelo embalo em paisagens bonitas.
Solitários, compreendemos um pouco mais a solidão - nossa e dos outros.
No deserto nascem os feiticeiros da sede...
Gostei do seu poema.
Um abraço.
contemplar nossos próprios domínio: sempre o sentimento da necessidade, o sentimento da sede...
Chico,
Esse desfolhar de sentimentos me lembra algo da saga de Guimarães Rosa em torno de sua grandiosa obra Grande Sertão: Veredas. As nossas tais veredas, por conceito, são pequenas vias por onde acessamos o mundo de coisas. A tão presente solidão pode se dissolver frente às renovações do olhar.
Belos versos, querido!
Abraços poéticos!!
Desertos, desterro, silêncios outorgados, e em meio a essas areias afloram versos pelos quais nossos olhos imploram. Ave, Chico!
são muitos os nossos desertos. de cores e cheiros diferentes. os seus têm poesia. e viram versos.
beijo, poeta.
Olha só o professor...
Além de Taxonomista... manda super bem com a poesia!
Adorei!
tenho sentido os poemas
pela capacidade de me causarem
arrepios...
esse percorreu minhas costas
fez uma parada na nuca
e formigou na minha cabeça...
dizer que é lindo, não mostraria isso...
beijos, chico
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