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Trespasse
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---------------grossas
---------------ignóbeis
---------------ferais
trespassadas por linhas tênues
---------------de quejando grau
revestiam a parede do quarto
do esquecido do tempo
*
que
quando olhava
---------------retículos
infestos
não via tijolos, reboco
---------------mas
um pequeno mamífero
---------------recém-acordado
da hibernação
que se espreguiçava
na porta da toca
---------------e aos poucos
- ainda molengo -
ganhava distância
---------------na paisagem
a escorrer para os rios
12 comentários:
Poema bom para ser lido. Ótimo pra ser sentido.
Que poema mais belo, mais imagético, mais interessante. O final é escorregadio, sensacional. Parabéns, Assis, mais uma vez fez das palavras um lugar de encantamento. Beijo.
vc faz poemas de um modo tão único. é encantador.
até pra quem que de todas figuras, des-pre-fere as meta-foras.
eu gostava de hibernar de vez. e não des, às cinco da matina com tiros e gritos...
beijo.
Que surpresa boa sua visita, melhor ainda seu "cantinho". Lindas palavras, parabéns. Virei sempre!
(e vc me linkar é orgulho puro).
abraços,
As fotos arrepiaram. Fizeram-me lembrar um incidente quando era garota....rs
Seu poema me lembrou fotos que tenho no arquivo do meu computador!
A hibernação termina quando estamos dispostos a enfrentar a luz e nos enxergar plenamente.
Amei.
beijos
...............Cris Animal
chico:
passo por aqui e deixo um abraço.
romério
Você é singular em seus poemas...
Sua casa tem vida própria...
B.E.I.J.O.S
gosto muito do jeito q vc escreve,misturando poesia e biologia...tem sempre um "quê" de naturalismo aqui...muito me encanta!
passo
re passo
leio
re leio
e
retiro
.
me
em
silêncio
de
canto
.
um beijo
a boa poesia não se agradece
ou se lê
( e para tal visitam.se alguns blogues )
ou não
( e nesse caso passa.se ao largo )
assim
leio
re leio
e voltarei
.
um beijo
( deste lado do oceano )
Oi, Assis!
Retribuindo a visita: Tô chegando!
Com um pouco de atraso, mas muita alegria. Gostei daqui.
Tá linkado e seguido.
Beijo!
B.
Olá Chico, que saudade de seu blog e sua poesia viva!
Nesse poema, me senti ciceroneada por você à toca do bichinho. É isso, ler sua arte é sentir o poema.
Beijos.
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