segunda-feira, 20 de abril de 2009

VERTIGENS

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Na Trilha do Poço Verde
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( A meus alunos
em excursão à Serra do Mar.
Abril de 2009 )
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Um ninho com dois filhotes
----------------------------clarões
----------------------------estalidos
& muco
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Do centro da olheira da noite
esquadrinhamos tudo

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----------------------------Um pequeno rato silvestre
----------------------------saltita na via das luzes
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----------------------------& os brilhos afloram
----------------------------das aráceas molhadas


----------------------------dos polipódios
----------------------------molhados

----------------------------das bromélias

----------------------------dos bambus
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No sensato silêncio dos grilos
chove indagações e água
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& tudo aqui dentro
é lampejo / batimento
inquietação
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----------------------------Estrelas
----------------------------sondam
----------------------------dos olhos de um sapo
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[Obs.: Clique na imagem acima para ver em detalhe o olho do sapo, o qual, aliás, foi capturado, fotografado e devolvido à natureza]
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7 comentários:

nydia bonetti disse...

Tudo aqui é vida...
Seus poemas & fotos se completam, Chico: "uma belezura só", como se diz aqui na minha terra.
Adorei ler lá em cima que você dá "biscrok pros cachorros". Acabei de fazer isto! :))
Um abraço.

Maria Clara disse...

Um bela paisagem, Chico.

Grata pela leitura. Sua literatura é muito boa!

Abraços,
Maria Clara.

Adriana Godoy disse...

"No sensato silêncio dos grilos
chove indagações e água" Assis, francisco dos poetas que entabula tanta natureza que amacia os olhos e desperta os sentidos. Chico, seu sapo e o olho do sapo...mágica imagem, mágico poema. Lindo. Beijo.

f@ disse...

Belo o olhar...

teu
poema
salta para águas límpidas....
imagem tão belo quanto a poesia...

Beijinhos

Marcia Barbieri disse...

"Estrelas
sondam
dos olhos de um sapo"

Seu poema traz imagens belíssimas e uma nostalgia boa. Adorei!!!

obrigada pelo comentário no meu blog,espero que volte mais vezes,eu voltarei

beijos

Kátia Torres disse...

Estrelas sondam dos olhos do Chico... só assim se pode ver!

Bjs,
{de Holanda}

Gabriela Rocha Martins disse...

um poema belíssimo em perfeito contraste
com
a feiura do sapo
e
tudo passado a papel químico
através da lupa/olho
de um mestre



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um beijo e seja muito bem regressado