quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
CHUVA
قصيدة
(Para Jacineide Travassos
& Bernardo Souto.
Poetas)
Zeinab
no quintal
recolhendo roupas
um latido / dois
pássaros
trovão
As primeiras gotas
& algum resíduo mineralizado
de vida
já percola
nos interstícios das pedras
onde a plântula
se escora
Agora o caldo
[Abrupto]
[Ad libitum]
Água / seiva
- se escorre é honesto
Pouco escapa
aos olhos negros da mabúia
que fugiu do muro
à glosa certeira
de um indefinível camaleão
imaginado
Roupas salvas
Ela na varanda- a alma esticada no oriente
Eu: o abençoado do tempo. Penso um poema
Meu peito
- nervura de palma num oceano de areia
*
*
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8 comentários:
Assis,
Tua poesia adentra tanto o campo e o corpo dos nomes das coisas existentes, que esse teu introduzir outras línguas para dizê-las é como se quisesse nomear até à alma delas, contra toda a descrença de que em algumas inexistam...
Personificas como ninguém o que se supõe imagem apenas...
"Água / seiva
- se escorre é honesto"
!!!
Um beijo, poeta.
Esta alma esticada no oriente é uma imagem que transborda. Da minha varanda te saúdo, poeta! Abraços.
Chico, ainda não tinha visto o poema! Muito grato pela homenagem!
A sua poesia tem imagens interessantes e uma condensação (no sentido poundiano do termo) que me agrada. Poesia sem argamassas!
Abraços!
Chicote! continuas o que sempre foi, confeiteiro de palavras!
Saudades amigo sumido!
Obrigado pela visita! estou no Face. Apareça por lá. Abraço.
Teu poema dá uma sossegada na alma, roupas lavadas recolhidas, tudo certo. E pra quê mais, não é?
Chico, bom voltar a te ler. Mais um poema que arrebata pela magia e sensibilidade! Beijo
chico:
levo este poema pra minha página no FB.
um abraço.
romério
Oiii Prof Querido, qto tempo!
Fazia tempo tambem que não passava no seu blog, cada vez mais bonito! sem palavras realmente p descrever!... beijocas e Parabens!
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