sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
CONSPICUIDADE
*
*
*
*
*
O Tempo e a Chama
*
*
À beira do fogo, tu:
sozinha e abstrata
fluida no mistério da brasa
*
*
.............................................E eu
.............................................calado
no carvão de um segredo estranho
que não posso revelar-te:
*
tingimo-nos de alvura e lodo
apartados pelo véu tecido em aço
de malditas convenções
pois vinte anos nos separam
à margem desses fogos
.............................................de junho
*
e outros séculos de moralidade
.............................................decepante
despejam água no candelabro
circundado de sapos que engolem vento
*
*
Quisera enterrar semente
.............................................de um beijo antigo
na jovialidade rubra de teu rosto
e colher o germinar perene e verde
.............................................de teus olhos
que ainda não compreendem tudo
*
Sou de ontem mas sou de sangue
............................................e tu
gata mourisca de poucos cios
*
mas o calor que procuras
no estalido das toras
não é o mesmo
que me é direito ofertar-te
*
*
Então
- ave ártica que perdeu seu peixe-
trespasso a água e me arremeto
.............................................ao vôo
*
*
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O Tempo e a Chama
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À beira do fogo, tu:
sozinha e abstrata
fluida no mistério da brasa
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.............................................E eu
.............................................calado
no carvão de um segredo estranho
que não posso revelar-te:
*
tingimo-nos de alvura e lodo
apartados pelo véu tecido em aço
de malditas convenções
pois vinte anos nos separam
à margem desses fogos
.............................................de junho
*
e outros séculos de moralidade
.............................................decepante
despejam água no candelabro
circundado de sapos que engolem vento
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Quisera enterrar semente
.............................................de um beijo antigo
na jovialidade rubra de teu rosto
e colher o germinar perene e verde
.............................................de teus olhos
que ainda não compreendem tudo
*
Sou de ontem mas sou de sangue
............................................e tu
gata mourisca de poucos cios
*
mas o calor que procuras
no estalido das toras
não é o mesmo
que me é direito ofertar-te
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Então
- ave ártica que perdeu seu peixe-
trespasso a água e me arremeto
.............................................ao vôo
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2 comentários:
ora ..ora ...ora.... não é que te achei nessa maluca blogosféra !! ... amei seu blog... suas poesias são cada vez mais lindas e eu continuo "encafifada" com o que há debaixo do seu chapéu !!! heheheeee
estou add vc aos meus pensadores favoritos... passa lá no www.alicenopaisdopensamento.blogspot.com
beijos ...muitos bjussssssss
... voltei, e continuo lendo... lendo... lendo.....
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