quinta-feira, 19 de junho de 2008
TEMPO
*
*
*
*
*
Uma Cena Boreal
*
*
Teu vulto claro
--------e cereal
embebido na manhã lapã
como a coruja do ártico
em sua leveza
*
estende-nos
num trigal deitado
--------ao vento
*
ao som
de duas ocarinas
*
e não há trópico que desdenhe
de nosso calor certeiro
--------e liberto
de ave
*
*
*
√ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
*
*
*
Patos enfileirados
fecundam
--------horizontes
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Uma Cena Boreal
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Teu vulto claro
--------e cereal
embebido na manhã lapã
como a coruja do ártico
em sua leveza
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estende-nos
num trigal deitado
--------ao vento
*
ao som
de duas ocarinas
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e não há trópico que desdenhe
de nosso calor certeiro
--------e liberto
de ave
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Patos enfileirados
fecundam
--------horizontes
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4 comentários:
Querido poeta,
que belas imagens, fecundas...Gosto muito do seu "olhar",
vou correr lá no meu blog e linkar vc, que absurdo eu não ter feito isso...
grande abraço!!
palavras
fecundadas
surpreendem
olhares
ví seu belo poema pra cláudia gonçalves no entrelinhas e a surprêsa continuou.
não o conhecia: bravo!
Chico, meu velho, alcei vôo com teus patos para o êxtase do firmamento e senti o horizonte grávido de tuas imagens e de teus versos. Ainda ouço o som das tuas ocarinas, elas me conduzem às esferas do delírio. Estou forro, liberto. Abraços.
José Inácio Vieira de Melo
Chico, ainda bem que te conheci, e com o faro aguçado, segui seu rastro e vim parar aqui, pousei ao som da ocarina, e começo aos poucos ver o que vistes o que vestes, cores de trigais ou qualquer outra relva, momentos fotografados na poesia, breve, forte, implacavel.
Um grande abraço meu mano Chico.
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