quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
ALTURAS
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A Ontogenia do Mito
*
*
Esculpe-te o mundo:
*
farol que vara a neblina
, rútilo pistilo no emaranhado das cinzas
*
*
O recalcitrante cinzel do tempo
-------&
-------um obcecado martelo
-------do qual não se foge
entalham-te:
-------flor-de-passiflora
-------em radiosa simetria
*
*
Dão-te forma
-------a partir dos mesmos blocos de minério
-------pelos quais te vences
-------com grampos
-------mosquetões
-------alumbramento
-------e corda
rumo ao silêncio das alturas
*
*
-------É de lá
daquele ponto
onde poucos chegam
-------que
-------- pedra lapidada -
-------propagas teu canto
------------------------de lua
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A Ontogenia do Mito
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Esculpe-te o mundo:
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farol que vara a neblina
, rútilo pistilo no emaranhado das cinzas
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O recalcitrante cinzel do tempo
-------&
-------um obcecado martelo
-------do qual não se foge
entalham-te:
-------flor-de-passiflora
-------em radiosa simetria
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Dão-te forma
-------a partir dos mesmos blocos de minério
-------pelos quais te vences
-------com grampos
-------mosquetões
-------alumbramento
-------e corda
rumo ao silêncio das alturas
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-------É de lá
daquele ponto
onde poucos chegam
-------que
-------- pedra lapidada -
-------propagas teu canto
------------------------de lua
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15 comentários:
Esculpida assim,nesses versos, uma montanha vira lua e uma pedra bate as asas rumo ao céu impoderável.
Chico,
belíssimo!
Abraço forte!!!
Adriano Nunes.
Confesso que tive que olhar o que é ontogenia no dicionário. Pude então melhor perceber a beleza de seu poema, a sua construção ontogênica. Uma riqueza e uma beleza indescritíveis. Evoé!!
Uau!
Um dos poemas mais incríveis que lí nestes últimos tempos. Magnífico.
Um abraço
Nydia
Também me espanto com as formas dadas e semlhantes vindas do mesmo minério.
Incrível como a ciência e a poesia aqui se mesclam
E é de lá
Quesse canto
me encanta.
Mais um belíssimo poema meu amigo.
É de lá
daquele ponto
onde poucos chegam...
Beijos.
que coisa mais linda, chico. até valeu a pena te esperar :)
Tava com saudades daqui...lindas esculturas de palavras;0)
bjos !!!
Meu amigo Assis, resolvi homenagear esse que é um blog especial.
Vai lá no Partículas do Pessoal, buscar seu premio.
http://particulaspessoal.blogspot.com/
um grande abraço.
Deslumbrante a c o r d a r o silêncio do escultor a emoldurar a lua….
Beijinhos
transaparente, cristalina e aveludada: o mito deus-se as claras.
sobre o dedão do pé: já ouvi dizer isso. Não tinha me dado conta que o meu era maior!
beijo
Jaz - aqui - a fertilidade de um grande poeta.
Palavras de finas estampas.
Pérolas sob os meus olhos.
PS: Sobre os livros de MAX MARTINS, eis as minhas sugestões:
- A Fala entre Parênteses, 1982
(em parceria com o poeta Age de Carvalho)
- Não para Consolar;
- Para Ter Onde Ir;
Forte abraço,
Benny Franklin
http://www.overmundo.com.br/banco/casca-de-extase
brilhante!
( sem mais comentários )
.
um beijo
é o seguinte, cara, você não fez um texto poético.
você fez foi é música.
a nota "rútilo pistilo" foi a que me soou mais fundo.
parabéns.
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