SILÊNCIOS

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Flama

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Teu peito é palco dos meus ritmos,

e em uníssono danço teu som

[Coração que galopa em ti!]

Que te seja meu ventre convidativo

e te ordene a cumpri-lo em ritual.

Tu que me fazes ser bailarina:

umas vezes menina, outras vezes tribal.

[Katyuscia Carvalho]

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Índia nua

----------a desvendar a grande teia

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----------------------------------------[mariposa voou rasante]

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Um gorgulho verde numa haste de papiro

e duas minguantes na profundeza dos olhos

----------habitam

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Desce o silêncio aracnídeo

para que mais íntimo se perceba o cetim

----------, o ondular de uma gata

----------e seus morros

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----------------------------------------[viva ardência entre folhas]

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De mais fundo vêm as águas

----------de mais fundo

e tudo o que daria iluminura

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Cheguei de uma terra

----------sem mestres

pra louvar uma tora no fogo
e as estrelas desejadas

pelas gavinhas da ramagem

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----------------------------------------[soubesse ao menos

----------------------------------------algum tipo de esperanto]

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Ó dançarina de fogo e de névoa

lenço de só palpitação

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